O Conselho da Fifa aprovou, nesta quarta-feira, a nomeação do sueco Mattias Grafstrom como secretário-geral interino no lugar da senegalesa Fatma Samoura, que ocupava o cargo, o segundo mais importante da entidade, há sete anos. Samoura já havia informado, em junho deste ano, que deixaria de exercer a função a partir do ano que vem, mas a saída foi antecipada, por isso a nomeação de Grafstrom tem efeito imediato.
O sueco vinha trabalhando como secretário-geral adjunto e já era cotado para escalar na hierarquia, até em razão de sua proximidade com o presidente da Fifa, Gianni Infantino, que o vê como um conselheiro de confiança. Ele atua na Fifa desde 2016, quando ingressou na entidade como vice-diretor da divisão jurídica da entidade.
Antecessora de Grafstrom, Samoura foi a primeira mulher, primeira pessoa negra, primeira muçulmana e primeira representante de um país fora da Europa a comandar a Secretaria-Geral da Fifa. "Foi a melhor decisão da minha vida ingressar na Fifa. Estou muito orgulhosa de ter liderado uma equipe tão diversificada", disse ela em junho, ao anunciar que estava deixando o cargo. "A Fifa hoje é uma organização melhor governada, mais aberta,, mais confiável e mais transparente. Deixarei a Fifa com um alto sentimento de orgulho e realização", completou.
A presença de Samoura recuperou a credibilidade da Fifa depois do escândalo protagonizado pela gestão anterior, presidida por Joseph Blatter. O último secretário-geral antes dela foi o francês Jérôme Valcke, demitido da Fifa após ser apontado como participante de um esquema de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil.