A Bovespa opera em queda firme na abertura do pregão desta quarta-feira, 6, influenciada pelo sentimento de aversão ao risco que domina os negócios globais, após a Coreia do Norte realizar um novo teste nuclear. O Ibovespa perdeu o nível de 42 mil pontos e renovou mínimas vistas pela última vez no início de 2009. A Petrobras é pressionada pela queda acentuada do petróleo, que opera no menor nível em quase 12 anos.
Às 10h25, o Ibovespa caía 1,78%, aos 41.664,78 pontos. Trata-se do patamar intraday mais baixo desde 1º de abril de 2009. Entre as blue chips, Petrobras (ON -2,72% e PN -2,69%), Vale (ON -3,59% e PN -3,74%) e bancos (Itaú PN -1,14% e Bradesco PN -2,05%) têm queda forte. Em Nova York, o índice Dow Jones futuro tinha baixa de 1,42%, S&P 500 recuava 1,54% e Nasdaq -1,75%.
A Coreia do Norte anunciou nesta quarta que realizou, com sucesso, seu primeiro teste com uma forma mais poderosa de bomba nuclear, aumentando os desafios da política externa dos EUA e destacando os limites da capacidade da China de manter seu instável aliado sob controle. A TV estatal norte-coreana noticiou que cientistas do país conduziram a detonação bem-sucedida de uma bomba de hidrogênio por volta das 10 horas desta quarta-feira, pelo horário local.
Enquanto isso, o petróleo Brent atingiu no período da manhã o patamar mais baixo desde julho de 2004 em meio aos temores com a desaceleração da economia e a queda de demanda pela China. Os investidores se preparam para os dados oficiais sobre os estoques nos EUA, que serão divulgados mais tarde. O minério de ferro negociado no mercado à vista chinês, por sua vez, caiu 0,5% hoje, a US$ 41,9 a tonelada.
No noticiário corporativo, o jornal O Estado de S. Paulo noticiou nesta quarta que a Sete Brasil, empresa de capital nacional criada para construir e afretar sondas e plataformas para exploração de petróleo em alto-mar, tem a garantia da Petrobras de contração de apenas seis embarcações, das 15 que a estatal havia prometido alugar.
Entre os indicadores locais, o índice de atividade dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços brasileiro caiu a 43,5 pontos em dezembro, de 45,5 pontos em novembro, informou nesta quarta a Markit. Com isso, o índice composto, que leva em conta também o PMI industrial, recuou para 43,9 pontos, de 44,5 pontos.
