Mauricio de Sousa quer ser imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). O cartunista e criador da Turma da Mônica anunciou na quarta-feira, 15, sua candidatura à cadeira 8, que era ocupada por Cleonice Berardinelli, morta no dia 1º de fevereiro, aos 106 anos.
Mauricio de Sousa visitou a ABL recentemente e oficializou sua candidatura no dia 10 de março.
"Esta candidatura é para reunir esforços com todos os acadêmicos em levar a importância desta entidade secular para que crianças e jovens conheçam mais a nossa literatura e grandes autores que por lá estão e já estiveram", disse o cartunista de 87 anos, em comunicado. "Quando jovem, depois que me alfabetizei com os gibis, eu lia um livro por dia e os grandes escritores brasileiros foram minha companhia e me ajudaram a ser o que sou hoje. Quero devolver esse carinho com muito trabalho em prol dos autores brasileiros e também dos quadrinhos", completou.
<b>A história de Mauricio de Sousa</b>
Mauricio de Sousa nasceu em 27 de outubro de 1937, em Santa Isabel. É desenhista, empresário e criador de personagens que encantaram muitas gerações de crianças brasileiras. A Mônica, sua criação mais famosa, está completando 60 anos este mês.
Desenhista desde a infância, alfabetizado com a ajuda de gibis, ele se mudou para São Paulo para tentar trabalhar como ilustrador. Naquela ocasião, só conseguiu uma vaga como repórter policial na <i>Folha da Manhã</i>.
Sua primeira tira, com Franjinha e Bidu, saiu em 1959. Em 1970, ele lançou a revista Mônica. Outros personagens – hoje são 400, no total – também ganharam suas próprias revistas.
Suas tirinhas são publicadas em diversos veículos brasileiros – no <b>Estadão</b>, inclusive – e os personagens inspiraram peças de teatro, desenho na televisão, parque temático e muitos outros produtos culturais e comerciais.
A novidade mais recente com relação aos seus personagens é que Chico Bento vai ser tema de um filme, com um inflencer mirim Isaac Amendoim no papel principal.