A Bienal do Livro de São Paulo proporcionou neste domingo, 3, um encontro entre o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, o governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), o prefeito da capital Ricardo Nunes (MDB) e o cartunista Mauricio de Sousa. A reunião atraiu curiosos a um estande temático da Turma da Mônica com referências a Portugal e aos países falantes da língua portuguesa, pouco depois das 13h.
O público nos arredores pouco entendia o que estava acontecendo. Muitos tinham dúvida se Mauricio estava ou não no local. "É o Mauricio de Sousa?", perguntou um visitante. Outro respondeu: "não dá pra ver". "É sim, vi pelo cabelo dele!", disse mais uma na conversa. As crianças mal conseguiam enxergar nada diante de tantos adultos obstruindo a visão. Acima das cabeças havia diversos celulares buscando uma foto.
Talvez pelo fato de atualmente contarmos com dois vices no governo e na Prefeitura (Garcia assumiu recentemente o cargo de João Doria, e Nunes tomou posse após a morte de Bruno Covas, em 2021), além de, em Portugal, haver também a função de primeiro-ministro (ocupada por António Costa), poucas pessoas pareciam reconhecer os políticos – estavam interessadas mesmo no criador da Turma da Mônica.
Tanto é que, após o ato, a maioria dos fotógrafos e da imprensa seguiu o trio, enquanto muitos visitantes ficaram à espreita da saída de Mauricio, que foi para uma salinha atrás do local. Nova aglomeração em busca de uma foto do ídolo de 86 anos. No vidro, sua assinatura ao lado da saudação "Oi, pessoal!". Ele deixou o estande antes do início do evento seguinte.