A lateral Maurine, que também atua como meia no Santos, se tornou nesta segunda-feira a quinta jogadora a deixar a seleção brasileira feminina de futebol em protesto pela demissão da técnica Emily Lima, há duas semanas. A CBF contratou o técnico Vadão para o lugar da treinadora.
“Eu quero dizer que encerro meu ciclo na seleção brasileira por vários motivos. Um deles é a saída da Emily. Eu gostava muito do trabalho dela”, disse Maurine. Ela afirmou estar “cansada” das seguidas mudanças no comando no time. “Na seleção sempre tem muita novidade e isso vai cansando. Nunca conseguimos dar continuidade no trabalho.”
“Foram 16 anos servindo à minha pátria, saio contente porque sempre que estive servindo a seleção me doei ao máximo para o melhor dela. Saio triste por não ter conseguido um título de expressão para nosso país – assim, consequentemente, melhorias viriam para a nossa modalidade”, declarou Maurine, nas redes sociais.
Emily Lima foi demitida após duas derrotas em amistosos realizados na Austrália. Ao todo, ela comandou o Brasil em 13 jogos, conquistando sete vitórias, um empate e cinco derrotas. Em 10 meses de trabalho à frente da equipe, teve um aproveitamento de 56,4%. Ela havia sido contratada no fim do ano passado para substituir justamente Vadão.
O pouco tempo de trabalho irritou algumas jogadoras da seleção. E, após o anúncio da saída de Emily, elas começaram a anunciar suas aposentadorias da seleção. A primeira foi a atacante Cristiane, que foi seguida pela zagueira Andreia Rosa, pela lateral-esquerda Rosana, pela meia Fran e agora pela lateral Maurine.
Maurine havia ficado de fora da primeira convocação de Vadão, feita na semana passada. Ela se recupera de problema físico, desfalcando o time do Santos nos últimos jogos.