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Mayra Aguiar e Rafael Silva são ouro e Brasil fecha Pan de judô com 15 medalhas

O judô brasileiro conquistou mais sete medalhas neste sábado, último dia de Campeonato Pan-Americano, e volta de Lima, no Peru, com 15 pódios. O dia foi especialmente dourado para Mayra Aguiar, que conquistou o hexa pan-americano, e para Rafael Silva, o “Baby”, que trouxe o ouro continental pela quinta vez. Ele venceu o seu compatriota David Moura na grande final dos pesos pesados masculinos.

Além deles, a seleção ainda teve outras três pratas neste sábado com Rafael Macedo (90kg), Leonardo Gonçalves (100kg) e Maria Suelen Altheman (+78kg), além de um bronze com Beatriz Souza (+78kg). Os resultados deram o título de campeão geral ao Brasil – com quatro ouros, oito pratas e três bronzes. O Canadá ficou em segundo e Cuba terminou em terceiro no quadro geral individual.

Mayra Aguiar não disputava um Pan-Americano desde 2016, quando foi prata em Havana, capital de Cuba. Três anos depois, a bicampeã mundial retornou ao torneio continental determinada a conquistar o hexa. Passou nas preliminares sem maiores dificuldades derrotando Jacqueline Usnayo, do Chile, e Nefeli Papadakis, dos Estados Unidos, por ippon.

“De 2016, que foi o último que eu disputei, para cá, eu venho com mais experiência, com uma forma mais tranquila de lutar, mas mantendo a agressividade, o foco, pensando mais e com uma estratégia de luta melhor do que o que eu tinha antes. Então, estou satisfeita. É mais uma competição para estimular, para manter essa constância de pódio, competindo bastante e trazendo bons resultados”, disse Mayra.

Na decisão, a brasileira enfrentou a cubana Kaliema Antomarchi, uma de suas principais adversárias e que foi bronze no Mundial de 2017, quando Mayra conquistou o bi. A luta começou com uma disputa intensa pela melhor pegada e a brasileira chegou perto de pontuar em uma primeira projeção defendida pela cubana. Ela manteve a estratégia, buscou o golpe e, finalmente, jogou a rival para o ippon.

“Eu sabia que ia ser uma luta bem agressiva. Sempre é. Então, rolou ali aquela agressividade na pegada. Mas eu estava com uma cabeça boa porque eu já entrei na luta esperando por isso. Consegui fazer minha pegada, ficou ali naquela divisão e aí consegui entrar o golpe”, explicou Mayra.

Rafael Silva também teve um cubano pela frente e saiu vitorioso da semifinal contra Andy Granda com um belo ippon. Antes disso, ele havia vencido Pedro Pineda, da Venezuela, por ippon. A final reservou um combate tenso e estudado entre os dois brasileiros e “Baby” conseguiu forçar três punições a David Moura para assegurar a medalha de ouro.

“Pensando em classificação olímpica ainda tem muita água pela frente. Agora penso nos Jogos Pan-Americanos, que faltam menos de 100 dias. Então, estou focando na preparação para esse evento e também para o Mundial de Tóquio. Saio bastante feliz com esse resultado, consegui o ouro e é mais um degrau para chegar na conquista da vaga e depois pensar na conquista de mais uma medalha olímpica”, ponderou Rafael Silva.

David Moura, por outro lado, preferiu focar apenas no Mundial de Tóquio e usou o Pan-Americano como mais uma etapa de preparação para seu objetivo principal. “O Pan é uma competição com um formato um pouco diferente, com adversários que não rodam muito no circuito. Então, como eu não vou aos Jogos Pan-Americanos, esse Pan foi como mais uma competição, mais um treino para o Mundial. O objetivo era competir mais vezes. O meu foco esse ano é o Campeonato Mundial e por isso que eu abri mão dos Jogos Pan-Americanos. Minha próxima competição é o Grand Prix de Montreal, vou com tudo também como formato de treino para o Mundial”, explicou.

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