A Câmara de Representantes dos EUA seguia ontem em estado de paralisia pelo terceiro dia seguido diante do impasse provocado por disputas internas nas fileiras republicanas. Kevin McCarthy, apoiado pelo ex-presidente Donald Trump para presidir a Casa, fez novas concessões após ser rejeitado por ser muito moderado, mas o aceno foi insuficiente e ele perdeu outras quatro votações ontem. Com dez eleições indefinidas, o processo é o mais longo nos EUA desde 1859.
Sem a eleição do novo presidente da Câmara, os novos deputados não podem ser empossados e todos os ritos legislativos – da aprovação de leis à instauração de comissões – estão em suspenso.
Esta é a primeira vez em séculos que se exige várias rodadas de votação para a nomeação do presidente da Câmara. Apesar das oito votações desde terça-feira, 3, McCarthy não conseguiu os 218 votos necessários para se tornar presidente, o terceiro posto mais poderoso na política americana depois da presidência e vice-presidência dos EUA. Segundo o regulamento, novas votações serão realizadas até que um candidato alcance a maioria. Na oitava votação, 17 dos detratores de McCarthy votaram pelo outro candidato republicano proposto, Byron Donalds.
Na tentativa de obter apoios, McCarthy fez novas concessões a um grupo de 20 congressistas radicais e ofereceu reduzir de cinco para um o número de membros necessários para patrocinar uma resolução para forçar uma votação para destituir o presidente. McCarthy também expressou vontade de colocar mais membros conservadores na Comissão de Regras da Câmara, que debate uma legislação antes de ser levada ao plenário. Dois aliados de McCarthy – o novo líder da maioria na Câmara, Steve Scalise, e Jim Jordan, um favorito de direita – parecem alternativas mais viáveis. (Com agências internacionais).
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>