As manifestações no Brasil são acompanhadas pela mídia no exterior, que já trazem em seus sites reportagens sobre os atos de protesto e apoio ao presidente da República, Jair Bolsonaro, que devem ocorrer hoje pelo país.
O britânico <i>Financial Times</i> destaca que milhares de pessoas nas maiores cidades do Brasil devem ir às ruas para demonstrar apoio ao presidente, num momento em que ele faz agressiva campanha contra o Supremo Tribunal Federal, que o acusa de abuso de autoridade.
No também britânico <i>The Guardian</i>, as manifestações no Brasil ocupam a manchete do site, que destaca que apoiadores de Bolsonaro enfrentam a polícia em Brasília antes da manifestação, na tentativa de forçar o avanço ao Congresso. O movimento, diz o <i>Guardian</i>, coloca a maior democracia da América Latina em risco.
O alemão <i>Deutsche Welle</i>, além de destacar as manifestações pró-Bolsonaro esperadas ao redor do país, ressalta que figuras proeminentes de esquerda têm afirmado que o presidente planeja um golpe antes das eleições do ano que vem.
A agência de notícias <i>Reuters</i> observa que os manifestantes devem expressar seu apoio a Bolsonaro no confronto com o Judiciário para que mudanças sejam feitas no sistema de votação do país. A <i>Reuters</i> ainda pontua que críticos de Bolsonaro temem que ele esteja encorajando apoiadores a tentarem intimidar ou invadir os tribunais – num paralelo com a tomada do Capitólio dos EUA por partidários do então presidente Donald Trump, depois que ele falsamente alegou que sua derrota nas eleições foi o resultado de fraude.
A rede de notícias <i>France 24</i> traz em seu site reportagem em vídeo que informa sobre as manifestações contra e a favor do governo esperadas para hoje, os atritos entre o presidente e o Judiciário, e relembra o desfile de tanques de guerra em Brasília no mês passado.
O vídeo ainda destaca que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva alerta para o fato de que Bolsonaro quer dividir o país e disseminar o ódio.
Já a <i>Al Jazeera</i> destaca que as manifestações ocorrem num momento em que a popularidade de Bolsonaro está em baixa e o presidente tenta energizar sua base de extrema-direita em meio ao risco de violência entre apoiadores e oponentes.