Um ano atrás, em abril de 2021, Guarulhos – a exemplo do Estado de São Paulo e Brasil – viveu o pior momento em médias de mortes e novos casos de covid desde o início da pandemia. Em abril, a cidade chegou a registrar no dia 14 nada menos que 37,86 óbitos. A média de novos casos bateu em 423 no dia 17 do mesmo mês. Na chamada segunda onda, as campanhas de vacinação atingiam públicos específicos e estavam longe de cobrir a maior parte da população.
Um ano se passou, perto de 100% dos guarulhenses já tomou pelo menos as duas doses da vacina. O índice da dose de reforço (a terceira dose) está próxima dos 60%. Desta forma, os resultados se refletem em um número muito menor de pessoas morrendo em decorrência da infecção pelo coronavírus.
Na sexta-feira, 22 de abril, a média diária de mortes em Guarulhos foi de 0,43. Durante dias seguidos, na semana anterior, foi de 0,14. Em 31 de março, foi de 1,00 por dia. Ou seja, segundo os dados oficiais do Seade, sistema do Governo do Estado que atualiza índices de novos casos e óbitos pela doença desde o início da pandemia, aponta que a situação está praticamente sob controle.
No entanto, um fenômeno foi registrado neste mês, com a atualização do banco de dados, já que houve uma explosão de novos casos nos índices oficiais, sem no entanto ter qualquer reflexo no atendimento médico público. No último dia 14, o Seade registrou 1.055 novos casos em Guarulhos, o que elevou a média móvel a 613 no dia 15.
Isso não significa um avanço na doença. Apenas foi uma atualização no banco do Estado, que ainda apresenta um número bastante inferior aos informados pela Vigilância Sanitária Municipal. Enquanto o Seade, mostra que Guarulhos teve até hoje 80.108 casos de covid, o Município divulga 110.228. Não existe explicação oficial para essa diferença, segundo o Governo do Estado e Prefeitura. Em mortes, ambos concordam: são 5.352 confirmadas, segundo o Município, contra 5.381 apontados pelo Estado.
