Economia

Meirelles diz que mercados já voltaram ao normal, após volatilidade

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou nesta terça-feira, 6, que a volatilidade no mercado brasileiro é normal e responde à avaliação do mercado norte-americano de que era necessário um ajuste nos preços dos ativos na Bolsa de Valores dos Estados Unidos. Ele descartou a necessidade de o governo brasileiro tomar medidas no momento.

“Houve muita volatilidade, mas, a princípio, o mercado voltou a se acalmar. É uma volatilidade normal dos mercados americanos e no momento não se configura nos EUA uma crise econômica”, avaliou. “A Bolsa de Valores (dos EUA) subiu muito e está fazendo um ajuste e vamos ver aonde é que para”, completou.

Para o ministro, o impacto na economia brasileira vai depender da evolução do mercado americano e da evolução da taxa de juros internacional. “Esse é o impacto mais direto que pode atingir o mundo todo, ou não”, explicou. “Não acredito que haja neste momento impactos muito relevantes para a economia brasileira”, acrescentou.

Meirelles descartou a necessidade de alguma intervenção do governo para conter a volatilidade dos mercados. “No momento os mercados estão líquidos, o mercado de juros e o mercado de câmbio estão líquidos. Está tudo funcionando normalmente”, afirmou.

O ministro evitou comentar se há espaço para o crescimento na bolsa brasileira. “Depende muitos da avaliação dos investidores e do mercado internacional. O fato é que a economia brasileira está crescendo. Mas eu não me pronuncio sobre o que vai acontecer com o mercado, seja a bolsa, seja o câmbio, seja juros”, acrescentou.

Após reunião com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, Meirelles disse que o encontro faz parte da agenda semanal com a autoridade monetária para tratar de diversos assuntos e analisar a conjuntura.

O ministro disse ainda que não analisou a proposta do economista Raul Veloso – encampada pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – de criação de fundos previdenciários para os servidores púbicos mais antigos, nos moldes dos fundos de pensão das estatais. “Deveremos fechar até amanhã (quarta-feira) um texto final (para a reforma da Previdência) que será muito próximo daquele texto atual”, afirmou.

Meirelles não quis rebater os comentários de que o seu partido, o PSD, teria desistido da sua candidatura à Presidência. “Estou 100% focado nos assuntos do Ministério da Fazenda, no crescimento do Brasil e na criação de empregos. Eu não estou preocupado no momento com candidatura”, repetiu.

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