Considerando a meta fiscal deficitária de R$ 139 bilhões para 2017 “extremamente realista e factível” e sem detalhar as fontes que trarão ao governo mais de R$ 55 bilhões, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que essas receitas serão provenientes de concessões e outorgas, mas que não podem ser estimadas. “Existe o compromisso de sermos realistas e vamos trabalhar para termos avaliações mais precisas de preços de IPO, venda de ativos, campos de petróleo”, disse.
O dirigente da Fazenda afirmou que, neste momento, o governo está prevendo um maior levantamento de recursos possível de todas essas fontes, “sejam de privatizações, de concessões, outorgas, reservas”. “E teremos um bom tempo para decidir se será necessário alguma avaliação em termos de tributos”, ressaltou sem descartar um aumento de imposto.
Na avaliação do ministro, é preciso ainda levar em conta qual é o comportamento das receitas na estrutura tributária atual em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). “Nada impede que uma parte dessa diferença seja coberta com a manutenção do porcentual atual do que representa a receita tributária da União. Nós teremos que chegar a uma conclusão até o final de agosto”, destacou.
Meirelles disse ainda que, quando o governo fala em um esforço adicional de R$ 55 bilhões, está partindo de uma base que é “a continuação de uma tendência de uma queda das receitas tributárias totais do governo como porcentagem do PIB”. “A manutenção do porcentual do PIB como receita tributária já representa um ganho arrecadatório muito forte sobre esse número base”, ressaltou.