O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira, 7, que o novo texto da reforma da Previdência flexibilizou alguns pontos e mantém “um pouco mais de 50%” do impacto fiscal previsto na proposta inicial. Segundo o ministro, com as alterações, a economia fiscal prevista para 10 anos foi reduzida de R$ 800 bilhões para algo em torno de R$ 600 bilhões. Vale observar que, em entrevista na terça-feira, 6, o presidente Michel Temer afirmou que a economia com a reforma pode cair ainda mais: para R$ 480 bilhões.
Apesar da redução, Meirelles disse que “o que interessa é o resultado”. “Vamos trabalhar para um resultado aceitável, que dê confiança para a economia brasileira e que traga equilíbrio fiscal e dívida sustentável para os próximos anos”, disse. No entanto, para que isso aconteça, reforçou o ministro, a proposta tem de ser aprovada. “É uma decisão que caberá ao Congresso”, declarou.
Para Meirelles, os parlamentares estão mais dispostos a discutir a Previdência neste momento. “A situação hoje é muito diferente do que há alguns meses”, disse, apesar de reconhecer que muitos deputados ainda estão indecisos. “Teremos um amadurecimento de posições depois do carnaval”, afirmou.
“Acho possível a aprovação, houve evolução na percepção de necessidade”, disse o ministro. Segundo Meirelles, todo o governo está envolvido para que a reforma seja aprovada no Congresso.