A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) revela que um dos membros do colegiado mencionou sinais de pequeno arrefecimento – na margem – do processo de recuperação da economia. Outros diretores do BC, porém, ponderaram que essas oscilações são naturais no atual estágio desse processo de retomada.
“Todos concluíram que a recuperação da economia apresenta consistência”, destaca o documento do BC.
Nesse contexto, o Copom avaliou que, à medida que a atividade econômica se recupera, a inflação tende a voltar gradualmente para a meta.
Além disso, apontou a ata, a economia segue operando com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego.
Por isso, o colegiado considerou que, em decorrência dos níveis atuais de ociosidade na economia, “revisões marginais na intensidade da recuperação não levariam a revisões materiais na trajetória esperada para a inflação”.
Reformas
Embora dificilmente o governo consiga aprovar alguma reforma no Congresso Nacional ainda este ano, a ata da última reunião do Copom voltou a considerar que as reformas fiscais são fundamentais para a sustentabilidade do ambiente com inflação baixa e estável.
Para o BC, a aprovação e implementação das reformas são importantes para o funcionamento da política monetária e para a redução da taxa de juros estrutural da economia.
“Os membros do Copom destacaram a importância de outras iniciativas que visam ao aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios. Esses esforços são fundamentais para a retomada da atividade econômica e da trajetória de desenvolvimento da economia brasileira”, repetiu o documento.