Estadão

Membros do Copom, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões

Apesar do debate sobre uma possível aceleração da redução dos juros em 2024 ter se iniciado no mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve de maneira unânime o guidance para os encontros de janeiro e março, ao repetir que antevê novos cortes de 0,50 ponto porcentual na taxa básica nas próximas reuniões – no plural. O colegiado seguiu o plano de voo e reduziu pela quarta vez seguida a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, de 12,25% para 11,75% ao ano, em decisão unânime.

"Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário", reafirmou o Copom, no comunicado divulgado nesta quarta-feira, 13.

Os diretores do BC repetiram ainda que a magnitude total do ciclo de flexibilização monetária dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

O BC enfatizou que seguirá com a Selic em níveis contracionistas até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas. Mais uma vez, o Copom pregou serenidade na condução da política monetária, em especial devido às incertezas do cenário internacional.

"A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento, expectativas de inflação com reancoragem apenas parcial e um cenário global desafiador, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária", repetiu o colegiado.

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