Em 15 de novembro de 1996, Guarulhos elegia o professor Néfi Tales (PDT), ex-deputado estadual, como o novo prefeito da cidade, no segundo turno disputado contra o então deputado estadual e ex-prefeito Paschoal Thomeu. A vitória, com 74,18% dos votos válidos, foi considerada uma zebra na política local, já que Néfi realizou uma campanha bastante acanhada, do ponto de vista financeiro, durante o primeiro turno, quando conquistou 29,33% dos votos e ficou atrás do favorito Thomeu, que chegou a 39,35%. No primeito turno, em 3 de outubro, além dos dois, também disputaram os então vereadores Carlos Roberto (PSDB) e Carlos Derman (PT),
No entanto, Néfi conseguiu reunir à sua volta na campanha do segundo turno toda a oposição ao grupo de Paschoal Thomeu, que seguia no comando da cidade com o então prefeito Vicentino Papotto, um ex-funcionário de sua empresa que deu sequência às administrações anteriores. Usou a zebra como o símbolo da campanha que tinha como principal tema a “virada”. A estratégia deu certo e Néfi foi eleito com 277.835 votos contra 96.691, números muito diferentes do primeiro turno quando o vitorioso teve 98.414 votos contra 132.048 de Thomeu.
Apesar da vitória nas urnas, Néfi teve dificuldades para governar a partir de 1 de janeiro de 1997. Guarulhos passou a viver uma grave crise financeira, com atrasos nos pagamentos dos salários dos servidores e muitos questionamentos em relação a contratos da Prefeitura, como o mantido com a empresa de segurança Resilar. Em atrito com a Câmara Municipal e envolvido em uma série de denúncias de enriquecimento ilícito que vieram à tona já no primeiro ano de seu mandato, ele perdeu o cargo em 1998, quando foi afastado pelo Legislativo devido ao não repasse do duodécimo à Casa de Leis, além de sofrer afastamento pela Justiça também. Em seu lugar, assumiu o vice-prefeito Jovino Cândido, que governou Guarulhos até 2000.