O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 15 dias para a Polícia Federal intimar a deputada federal Júlia Zanatta (PL-SC) a prestar depoimento sobre uma postagem contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais. Ela não é obrigada a comparecer.
A deputada bolsonarista publicou, em março, uma foto segurando uma metralhadora e escreveu: "Não podemos baixar a guarda." Veja a publicação completa <a href="https://twitter.com/apropriajulia/status/1636831099153182721" target=_blank><u>clicando aqui</u></a>.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que a deputada seja ouvida em caráter preliminar. O órgão só deve opinar sobre a abertura de inquérito após o depoimento.
Mendonça afirmou que as diligências preliminares vão ajudar a delimitar os fatos e "evitar a precipitada instauração de um inquérito policial".
"Mostra-se prudente que, antes da eventual deflagração formal do inquérito, o qual, por si só, tem o potencial de gerar grande prejuízo à imagem pública da autoridade, se realize uma perscrutação prévia e simplificada, a fim de verificar, de forma mais abalizada, não apenas a veracidade das informações, mas também os elementos minimamente indicativos da efetiva ocorrência dos delitos cogitados", escreveu.
<b>Casamento</b>
A deputada federal estampou manchetes nesta semana após vir a público que ela recebeu reembolso da Câmara por duas diárias de um hotel em Xanxerê, em Santa Catarina, onde esteve nos dias 1º e 2 de setembro. No sábado, 2, ela compareceu ao casamento da colega de bancada, a também deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), na cidade. O valor que recebeu de volta da Casa foi de R$ 780. Ela justificou que, além do casamento, participou também de encontros com "lideranças e apoiadores locais".