O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez na manhã desta terça-feira, 29, uma rápida análise da troca do comando da Fazenda com a saída de Joaquim Levy e a chegada de Nelson Barbosa. Para ele, a substituição não altera a condução da política econômica, que continua nas mãos da presidente Dilma Rousseff. “Levy tinha muita proposta de corte e nenhuma de melhoria de política econômica”, disse, ao iniciar um café da manhã com jornalistas, em seu gabinete.
Segundo Cunha, o mercado financeiro tem a visão de que Barbosa não representa uma nova política econômica. “Não que Barbosa possa ser pior, ou melhor, o problema é a visão que o mercado tem que ele não representa uma política econômica, ele representa a presidente e o mercado não acredita na política econômica da presidente”, afirmou. “Era preciso de alguém com mais credibilidade.”
Cunha disse que os sinais para economia no ano que vem são bastante negativos. “Vai ter uma pressão muito forte de fuga de capitais no início do ano”, avaliou. Para o presidente da Câmara, o governo perdeu controle da economia e “não tem ação concreta para recuperar a economia”. “Não há possibilidade nenhuma de ter crescimento. Em 2016, vamos ver o tamanho da queda”, completou o presidente da Câmara.