A curva futura consolida chance majoritária de o Federal Reserve (Fed) promover uma redução acumulada de 75 pontos-base nos juros este ano, o que equivale a três cortes individuais se considerado o ritmo de 25 pontos-base por ajuste. O cenário está refletido na plataforma de monitoramento do CME Group, após uma sequência de indicadores que sugeriram arrefecimento da inflação nos Estados Unidos.
Por volta das 12h desta segunda-feira, 15, a ferramenta mostrava 52,5% de probabilidade de a taxa básica cair da faixa atual (entre 5,25% e 5,50%) para o intervalo entre 4,50% e 4,75% até dezembro, ou seja, uma baixa de 0,75 ponto porcentual. Na sexta-feira, 12, essa hipótese aparecia com 50,6% e, há 1 semana, com apenas 26%.
A possibilidade de haver um corte mais tímido no período, de 50 pontos-base, perdeu força, agora em 35,5%. O mercado, inclusive, aumentou a ainda remota precificação por uma diminuição de 100 pontos-base (de 3,2% na sexta-feira para 7,0%).
Houve avanço ainda na chance de o ciclo de relaxamento monetário começar já este mês (de 6,2% para 12,9%), embora o cenário mais provável siga o da manutenção (87,1%). Setembro é o primeiro mês em que o afrouxamento é majoritário, mas agora há mais incerteza quanto à dimensão. A probabilidade de uma redução de 50 pontos-base nos juros até aquele mês saltou de 6,0% para 14,1% desde a sessão anterior.