Economia

Mercado segue projetando inflação de 4,25% em 2019, indica Focus do BC

A abertura dos dados do Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 5, mostra que as instituições financeiras seguiram projetando uma inflação de 4,25% em 2019. Este porcentual é projetado desde o início de abril deste ano, sem alterações.

No comunicado do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, ocorrido na semana passada, o colegiado citou que, no Focus, a projeção de inflação encontra-se “em torno de 4,25% para 2019 e horizontes mais distantes”.

Foi a primeira vez que o BC citou especificamente num comunicado, com base no Focus, o porcentual de 4,25% para 2019. No comunicado do encontro anterior do Copom, de abril, o colegiado havia destacado que “para 2019 e horizontes mais distantes, (as expectativas) encontram-se ligeiramente abaixo de 4,5%”.

Esta citação da projeção de 4,25% para a inflação em 2019 surge em um momento em que o Conselho Monetário Nacional (CMN) está perto de definir a meta para o IPCA em 2019. Essa decisão será tomada no encontro do CMN de 29 de junho.

No mercado, especula-se que o conselho possa estabelecer uma meta mais baixa para 2019, de 4,25%, ante a meta de 4,5% de 2017 e 2018.

Selic

Os economistas do mercado financeiro projetam um corte de apenas 0,75 ponto porcentual da Selic (a taxa básica de juros) em julho, para 9,50% ao ano. Esta expectativa consta na abertura dos dados do Relatório de Mercado Focus.

O corte de 0,75 ponto já era a projeção mediana verificada uma semana atrás, antes mesmo da decisão do Copom do Banco Central, na quarta-feira. Na ocasião, a taxa básica caiu 1 ponto porcentual, para 10,25% ao ano. No entanto, no comunicado que acompanhou a decisão, o Copom sinalizou claramente a intenção de promover redução menor da Selic em seu próximo encontro, em julho.

Nos contratos futuros de juros negociados no segmento BM&F, as posições na última sexta-feira, 2, eram até mais conservadoras. A precificação traduzia 39% de chances de a Selic cair 0,75 ponto porcentual em julho e 61% de possibilidade de o afrouxamento ser ainda menor, de 0,50 ponto porcentual.

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