A curva futura voltou a embutir chance mais provável de o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortar juros apenas uma vez este ano, embora as apostas estejam dividas. É o que mostra a plataforma de monitoramento do CME Group, que captou a mudança após a divulgação da ata da autoridade monetária.
Pouco antes do fechamento deste texto, a ferramenta sugeria 36,6% de probabilidade de o Fed reduzir a taxa básica em 25 pontos-base (pb) em 2024, ligeiramente à frente da possibilidade de uma tesourada de 50 pontos-base, que aparece com 36,4%. Antes da divulgação da ata, a hipótese de um relaxamento agressivo emergia com vantagem.
Também houve um leve avanço no risco de o Fed manter os juros na faixa atual (entre 5,25% e 5,50%) durante todo o ano, de 10,3% ontem para 12,1% agora.
Ainda de acordo com o recurso do CME, o mercado ainda vê com mais força um primeiro relaxamento monetário em setembro, mas este cenário também perdeu fôlego na esteira da divulgação do Fed.
Como consequência, a chance de uma manutenção naquela data cresceu de 34,3% na véspera para quase 40%.
A reavaliação reflete os sinais de preocupação com a inflação indicados na ata. Conforme o documento, "vários" dirigentes se mostraram dispostos a voltar a apertar a política se os dados assim exigirem.