A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, rejeitou nesta quarta-feira um pedido de legisladores nacionalistas para que a Alemanha deixe de apoiar a Organização das Nações Unidas (ONU) em acordo sobre imigração.
Apresentando o orçamento de 356 bilhões de euros (US$ 407 bilhões) de seu governo para 2019, Merkel citou planos para investir mais em atendimento a crianças e idosos,
melhorar a integração dos imigrantes, elevar os níveis de pensões e impulsionar o setor de energia. Merkel recebeu críticas de opositores, que acusaram a chanceler de “gastar sem pensar no amanhã”.
Vários países – incluindo os Estados Unidos, Hungria, Áustria, Israel, Austrália e Polônia – anunciaram que não apoiarão o Pacto Global para Imigração Segura, Ordenada e Regular, definido para ser aprovado no próximo mês em Marrakech, no Marrocos.
Falando durante o debate anual do orçamento no Parlamento em Berlim, Merkel disse aos legisladores que o pacto garantiria “condições razoáveis” em outros lugares que
já existem na Alemanha, como o direito de acesso dos imigrantes à saúde, serviços e apoio financeiro.
“É por isso que é do nosso interesse nacional que as condições em torno do mundo, para os refugiados, por um lado, e imigrantes, por outro, sejam melhorados”, afirmou Merkel.
A oposição ao pacto veio principalmente da alternativa de extrema-direita da Alemanha, mas vários parlamentares do próprio partido de Merkel também começaram a questionar o acordo. Fonte: Associated Press