O Sistema Cantareira atingiu nesta segunda-feira, 20, o nível de armazenamento de 3,5%, o mais baixo de sua história, mesmo após as chuvas que atingiram a região metropolitana de São Paulo na tarde de domingo. Em relação ao dia anterior, a queda foi de 0,1 ponto porcentual, um ritmo menor que o observado nos dias anteriores, quando a redução vinha sendo de 0,2 pp ao dia.
De acordo com a Sabesp, choveu ontem 23,9 mm no sistema, levando a pluviometria acumulada em outubro a alcançar 24,3 mm. Esse volume ainda representa menos de 20% da média histórica para outubro, de 130,8 mm.
Os dados foram disponibilizados na página da empresa no Facebook, mas não estão sendo atualizados no site da companhia desde sexta-feira. Oficialmente, a empresa diz que a falta de atualização no site se trata de um problema tecnológico, mas fontes dizem que a página está sendo preparada para a incorporação dos dados da segunda parcela do volume morto.
Na sexta-feira, a Agência Nacional de Águas (ANA) informou que concordou com o pedido da Sabesp para uso do volume adicional, mas disse que a utilização deve ocorrer mediante a autorização de “parcelas sucessivas”, iniciando com o volume necessário até 30 de novembro, que ainda deve ser informado à agência.
Segundo a Sabesp, com a autorização oficial – que ainda depende de um acerto final entre a ANA e o Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE) – o sistema adiciona 106 bilhões de litros, o que corresponde a uma adição de 10,7% no nível de armazenamento do Sistema Cantareira.
Outros mananciais
Também foram registradas chuvas em outros mananciais que atendem à Grande São Paulo, mas não em volume suficiente para evitar a redução dos reservatórios.
O Sistema Alto Tietê, onde choveu 7,4 mm no domingo, aparece nesta segunda-feira com 8,8% de armazenamento, ante os 9% de domingo. O Sistema Guarapiranga registrou queda de 0,1 pp em relação a ontem, para 43,2%; o Alto Cotia baixou 0,2 pp, para 31%; o Rio Grande perdeu 0,3 pp, para 72,1%; e o Rio Claro recuou 0,7 pp, para 48,6%.