O Ibovespa passou a exibir leve alta nesta segunda-feira, 24, após oscilar ora sob sinal negativo, ora positivo em torno do último fechamento. A influência externa é positiva para a Bolsa, com índices acionários futuros e à vista de NY em alta.
O índice marcou mínima intraday (-0,25%) assim que o dólar virou e passou a subir, contrariando o movimento ainda majoritário perante a maioria das pares emergentes, mas em linha com a redução da queda do Dollar Index (DXY).
Depois da alta da sexta-feira e do recorde acima dos 102 mil pontos no último fechamento, era esperado que o principal índice de ações brasileiro buscasse alguma acomodação, segundo analistas do mercado.
Como observou o analista da Eleven Financial Raphael Figueredo, não há “drivers” relevantes no noticiário e na agenda econômica.
“Acredito que os investidores locais vão ficar focados na reforma da Previdência e contagem dos votos na Câmara dos Deputados”, disse Figueredo ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
No mercado de câmbio, há relatos de que importadores e alguns bancos recompõem posições defensivas após a moeda ter rondado os R$ 3,80 nas mínimas intraday. Na avaliação de Jefferson Rugik, diretor superintendente da Correparti, a demanda se justificaria pela agenda semanal pesada, com discurso do presidente do Federal Reserve (Fed o banco central norte-americano), Jerome Powell; terceira leitura do PIB americano do 1º trimestre e dados de renda pessoal (PCE); julgamento de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Lula pelo STF; IPCA-15 de junho e a retomada dos debates da reforma da Previdência, na Comissão Especial da Câmara.
Às 10h36, o Ibovespa subia 0,26% aos 10.278,96 pontos. Na mínima, marcou 101.754 pontos (-0,25%). Na máxima, registrou 10.340 pontos. Dow Jones subia 0,30%. A ON da Petrobras tinha alta de 0,08%.
Sobre a petroleira, esta segunda-feira é o último dia para o investidor pessoa física manifestar interesse nas ações ordinárias (com direito a voto) da Petrobras que a Caixa vai vender num esforço de se desfazer de todas as ações ordinárias da estatal, o que representa 3,24% do capital social da companhia. O preço por ação para esta negociação será definido na terça-feira, 25.
Nesta segunda-feira, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, confirmou nesta segunda-feira pouco que a instituição pretende desinvestir de outra organização. O plano é se desfazer, ainda este ano, de sua participação no Banco PAN. “O PAN foi motivo de perdas relevantes para a Caixa, mas tivemos agora um retorno de cerca de R$ 600 milhões com a aquisição da participação no banco”, afirmou. “Estamos conversando com o BTG para sair do Banco PAN neste ano. Não faremos nada que não seja coordenado com os sócios (o BTG)”, completou.