Apesar do baixo nível de água nos principais reservatórios de abastecimento de água do Estado de São Paulo, a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia) em conjunto com a Sabesp, por meio do Governo do Estado, devem reajustar as contas de água, no próximo mês, em até 6%. Este percentual deve ser repassado pelo SAAE aos consumidores guarulhenses.
No entanto, o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), responsável pelo serviço em Guarulhos, através de sua assessoria de imprensa, afirmou que não existe nenhum tipo de previsão de reajuste da tarifa atual. Já a Sabesp, que fornece 85% da água distribuída no município,, responsabilizou a Arsesp, que confirmou o acréscimo de 5,44% e correções, quanto ao aumento previsto nas contas para o próximo mês.
De acordo com a Arsesp, este aumento estava previsto para acontecer em abril deste ano, mas por intervenção do governador Geraldo Alckmin (PSDB), este acréscimo foi descartado naquele período. O anúncio foi realizado na última semana, pouco mais de trinta dias do encerramento do pleito eleitoral de 05 de outubro.
Diferente dos demais reguladores, a Arsesp entende que a proposta não é de reajuste e sim de readequação dos valores da tarifa de abastecimento de água, que segundo ela, serão aplicados em dezembro deste ano, após deliberação da diretoria colegiada e a devida publicação no Diário Oficial do Estado.
A alteração na tarifa é baseada na deliberação 484 da própria entidade regulamentadora. "à concessionária que, face à situação atípica de seu mercado, devido à escassez hídrica e as medidas que vem adotando de estímulo à economia de água para assegurar o abastecimento, possa aplicar em data futura mais oportuna o índice de reposicionamento decorrente da revisão tarifária, procedendo-se ao recálculo e à atualização monetária dos valores aplicáveis, de forma a assegurar seu equilíbrio econômico-financeiro".
A Sabesp é responsável por 87% do abastecimento de água do município, através dos reservatórios Alto Tietê e Cantareira. O primeiro sistema apresenta apenas 7% de sua capacidade de atendimento. Já o Cantareira, que também atravessa momentos críticos, registra pouco mais de 10%.