A melhora das previsões para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2016, em 12 meses e para fevereiro, assim como entre as instituições Top 5, vista no Relatório de Mercado Focus, não chegou para os prazos mais longos. Ao contrário. Na abertura da pesquisa, o que se vê é um aumento das projeções do mercado para a inflação de 2018, que passou de 5,44% para 5,49% de uma semana para a outra.
Para 2019 e 2020, houve manutenção das expectativas, com as taxas em 5,00% nos dois anos.
Entre os Top 5 de médio prazo, também não houve alteração das estimativas para os prazos mais longos. Foram mantidas as medianas de 6,00% para 2018; de 5,75% para 2019 e de 5,75% para 2020.
Selic
Em semana de decisão sobre o rumo dos juros, o mercado financeiro intensificou a expectativa de queda da Selic em janeiro de 2017, a primeira que deve ocorrer após previsão de estabilidade da taxa básica ao longo de todo o ano de 2016. Pela abertura do Relatório de Mercado Focus, os juros devem cair para 13,75% no primeiro mês do ano que vem, e não ser mais cortado em apenas 0,25 ponto porcentual (para 14,00%) como previsto até a semana passada.
Pela coleta atualizada das previsões, a taxa deve seguir nesse patamar também em fevereiro e voltar a cair em março, para 13,25% ao ano – até o levantamento anterior, a mediana apontava para uma taxa de 13,38%, o que demonstrava uma divisão entre os participantes entre uma variação de 13,25% e de 13,50%. Em abril, a taxa deve seguir em 13,25% e, em maio, recuar para 13,13% – o que também representa uma divergência entre o patamar de 13,25% e o de 13,00%.
Em junho, julho e agosto, a projeção fica estável em 13,00%. Não há mais estimativas mensais para essa variável após esta data. Na abertura constam todos os meses do ano que vem porque o BC ainda não divulgou o calendário de reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2017.