As taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) encerraram a sessão regular desta terça-feira, 24, em leve alta e, portanto, em linha com a trajetória do câmbio doméstico. O estresse visto mais cedo, quando o dólar marcou as máximas intraday e os juros acompanharam, desapareceu dos preços do mercado de juros futuros neste fim de sessão. A diferença entre a taxa máxima do dia e do fechamento chegou a seis pontos-base em alguns vencimentos.
O DI para janeiro de 2019 encerrou a sessão regular a 6,23% ante 6,224% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2020 fechou a 6,92%, de 6,92% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 subiu a 7,94%, de 7,93% de segunda-feira. Na máxima, foi a 8,00% nesta terça. Já o vencimento para janeiro de 2023 avançou para 9,21%, de 9,18% no ajuste anterior. Na máxima, chegou a 9,26% nesta terça-feira.
A sessão foi pautada pelo avanço dos rendimentos dos títulos americanos, pela forte depreciação dos índices acionários em NY e pelo dólar mais caro no mercado doméstico. Na máxima intraday, registrada na parte da manhã, a moeda americana chegou a valer R$ 3,483 no mercado futuro (contrato para maio).
Além disso, contribuiu para a alta do dólar o fato de os contratos futuros do petróleo passarem a cair mais de 1% no início da tarde. Isso aconteceu enquanto os governantes americano e francês sinalizavam a possibilidade de revistar o acordo nuclear com o Irã.
O operador de renda fixa da Renascença Luis Felipe Laudisio entende que o desempenho do mercado nesta terça-feira ficou mais relacionado ao cenário externo do que à política doméstica.
Na cena eleitoral, um destaque desta terça foi o ministro do STF Gilmar Mendes admitir a possibilidade de soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele comentou a hipótese de que, em vez de dois crimes (lavagem de dinheiro e corrupção passiva), Lula possa ser condenado apenas por corrupção.