Estadão

Messi experimentará idolatria na Argentina em 1º jogo da seleção desde a Copa

Campeã do mundo, a seleção argentina reencontra o seu torcedor pela primeira vez desde a final do Mundial contra a França no Catar. Nesta quinta-feira, o time faz em amistoso com o Panamá. A partida, por si só, é menos relevante do seu significado para o torcedor: é o reencontro de Messi, idolatrado no país, com sua gente dentro de campo. O craque retorna a Buenos Aires como nunca antes em sua carreira, agora com o troféu da Copa do Mundo nas mãos – o primeiro desde 1986, ainda sob o comando de Maradona.

Em um estádio Monumental de Nuñez reformado, com capacidade para mais de 80 mil pessoas, o camisa 10 e capitão da seleção terá mais uma demonstração da idolatria do povo argentino com sua figura. Além das festividades previstas, com volta olímpica, show de luzes e queima de fogos, o retorno dos campeões marca a consagração de uma geração que deu o único título que faltava na galeria de Messi. O troféu mundial será mostrado.

Desde o título, cenas da celebração nas ruas do país tomaram o mundo. Na mesma semana, a delegação argentina foi escoltada por milhões de pessoas pela capital até a Praça de Maio. Eles também foram recebidos na Casa Rosada, sede do governo, mas não chegaram a jogar, de fato, diante da sua torcida. Contra o Panamá, será a primeira vez.

Concentrados desde a segunda-feira, os jogadores já receberam o carinho do povo argentino em Buenos Aires. Em uma ida a uma churrascaria na cidade nesta semana, Messi levou milhares às ruas, que tinham apenas um objetivo: ver de perto o herói do tricampeonato mundial e eleito melhor jogador da Fifa pela sétima vez.

Questionado por uma suposta falta de identificação com a seleção nacional, já que acumulava títulos e grandes atuações pelo Barcelona, seu ex-clube, mas não repetia os feitos com a camisa da Argentina, Messi conseguiu mudar a sua história a partir de 2021. Com a conquista da Copa América, no Brasil, conseguiu o primeiro título da seleção desde 1993. No ano seguinte, foi o melhor jogador no Catar, com sete gols e quatro assistências em sete jogos.

Diferentemente dos últimos anos, a versão de Messi pela seleção argentina é melhor quando comparada àquela pelo Paris Saint-Germain. Eliminado nas oitavas de final da Liga dos Campeões, o camisa 10 – ou 30, já que Neymar detém o número na França – foi vaiado por torcedores no Parque dos Príncipes na última semana. Seu contrato com o PSG termina em junho e ainda não há definições quanto à sua permanência.

"O caso de Messi é lindo, ele merece todo esse carinho. Todos os jogadores do elenco merecem isso ao saírem na rua. A alegria (pela conquista Mundial) ainda continua", disse o técnico Scaloni, na primeira entrevista coletiva nesta semana. Nos três meses que sucederam o título, o treinador, além de ser eleito o melhor do mundo na premiação The Best da Fifa, afirmou que contaria com Messi caso o atacante queira seguir na seleção para 2026.

"Ele está bem, está aqui (na seleção) para continuar voltando. Quando me disser que não se sente bem, veremos. Agora, ele está feliz por estar na seleção", ressaltou o treinador. O jogo contra o Panamá será o primeiro da Argentina com a terceira estrela acima de seu escudo – que simboliza o tricampeonato mundial. Além disso, até o Mundial de 2026, estampará ao centro de seu uniforme um emblema da Fifa que homenageia a atual campeã mundial. A Argentina trouxe a Copa de volta para a América do Sul, uma vez que desde 2006 só seleções europeias ganharam o torneio.

Contra o Panamá nesta quinta-feira, a partir da 21h (horário de Brasília), a expectativa é que o Monumental de Núñez receba mais de 83 mil torcedores. Será montado um cenário no gramado para simbolizar a cerimônia de entrega da taça – desta vez na Argentina. Na segunda, acontecerá uma segunda comemoração, em amistoso contra Curaçao.

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