Para o mercado de shoppings, 2014 foi um ano de inaugurações abaixo do esperado e de baixa taxa de ocupação dos empreendimentos novos. No início do ano, a Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) anunciou a expectativa de abertura de 43 empreendimentos, mas diminuiu a projeção para 24. Das 43 previstas, 9 estão em funcionamento, 15 devem abrir até dezembro e 19 ficaram para 2015 ou 2016. A projeção do ano anterior era de 46, mas 38 se concretizaram – um recorde. A associação diz não haver crise no setor e que adiamentos são normais.
Neste mês, o Ibope Inteligência divulgou uma pesquisa que mostra que a ocupação média dos 36 shoppings abertos em 2013 no Brasil alcançou 57% em junho deste ano. O nível é considerado baixo e evoluiu pouco na comparação com dezembro, quando estava em 50%. Para atrair inquilinos, há casos de shoppings pagando a instalação das lojas. Uma explicação pode estar no fato de que boa parte desses projetos foi lançada em período de maior crescimento econômico, mas tiveram a construção concluída recentemente. Hoje, a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é de 0,3%, segundo o FMI. Outra razão está nas regiões que receberam mais shoppings do que poderiam comportar.
Michel Cutait, especialista em shopping center, defende que os shoppings não precisam ser inaugurados com mais de 90% de ocupação. As lojas, segundo ele, vêm aos poucos. “Além disso, o fato de a economia andar de lado não tira das pessoas a vontade de consumir. Veja as filas na Forever 21.”
Capital
Na cidade de São Paulo, só um shopping foi lançado oficialmente no mercado este ano, como publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo na semana passada: o Cantareira Norte Shopping, no bairro Parada de Taipas. Mas a Gazit diz que as lojas do Morumbi Town também já estão à venda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.