O Metrô assinou na última semana o contrato para elaborar um inédito estudo mercadológico que pode ajudar na implantação da Linha 19-Celeste – que vai ligar Guarulhos ao centro de São Paulo -, além de melhorar a inserção urbana e arquitetônica das regiões por onde a linha passará, gerando também empregos. O material vai trazer subsídios mostrando o potencial de uma nova linha de metrô e a melhor forma de exploração comercial e imobiliária das futuras estações.
Detalhadamente, o estudo deve considerar possíveis serviços associados aos acessos das estações, aos moldes dos centros de compras de vizinhança. Também serão analisados os empreendimentos imobiliários de grande porte em terrenos vizinhos às estações e no futuro pátio de manutenção e estacionamento, para implantação de residenciais, centros médicos, de compras, centros logísticos, universidades e instituições de ensino, entre outros.
Além de potencializar a geração de receitas não-tarifarias, esse estudo pode possibilitar uma melhor experiência de viagem do passageiro, com serviços e conveniências, além de empreendimentos imobiliários que trazem dinâmica ao entorno da estação e geram empregos.
A implantação da Linha 19 está em uma das mais importantes etapas, que é a do Projeto Básico. É nesse estudo que se obtém os detalhes como localização das estações e traçado, subsidiando a contratação das obras. Por isso, o Metrô teve a preocupação de encomendar o estudo mercadológico que poderá ser usado nesta fase, possibilitando a projeção da linha para agregar os serviços incorporados.
A Linha 19-Celeste deverá ter 17,6 km de extensão operacional e 15 estações no trecho inicial entre Bosque Maia e Anhangabaú, com a previsão de cinco estações em Guarulhos, passando também pelas regiões de Jardim Brasil, Vila Maria (zona norte) e Pari, conectando-se às linhas 1-Azul, na estação São Bento, e 3-Vermelha, em Anhangabaú.
Os estudos iniciais estimam uma demanda de quase 600 mil pessoas por dia no trecho Bosque Maia – Anhangabaú, possibilitando reduzir a emissão de 733 toneladas de poluentes, 75 mil toneladas de gases do efeito estufa por ano e 37 milhões de litros de combustível por ano. Quando pronta, a linha vai reduzir pela metade o tempo de deslocamento do Bosque Maia ao Anhangabaú, passando de 60 para 30 minutos estimados.