Os metroviários de São Paulo decidiram suspender a paralisação de 24 horas que estava marcada para esta sexta-feira, 5. Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira, 4, na sede do sindicato, a categoria cancelou a greve de um dia após a Justiça do Trabalho prorrogar por 90 dias a implantação de uma hora de refeição aos funcionários do Metrô paulistano. Com a decisão, os trens circulam normalmente em todas as linhas nesta sexta-feira.
Segundo o sindicato, que luta pela manutenção dos 30 minutos de refeição remunerados, o intervalo de uma hora foi imposto de “forma autoritária” e “aumentou a jornada de trabalho”. Coordenador-geral da entidade, Alex Fernandes explica que com a prorrogação da implantação da nova escola pela Justiça, os metroviários esperam que o Ministério do Trabalho publique as portarias para regulamentar os 30 minutos remunerados.
“Nós estávamos em negociação para que o Ministério do Trabalho publicasse as portarias, mas não houve tempo hábil. Com essa sentença de hoje prorrogando o prazo de implantação de um hora de refeição, a categoria, em assembleia, decidiu pela suspensão da greve, acreditando que as portarias sejam publicadas”, disse Fernandes.
Quando a greve foi decretada pelo sindicato, na última terça-feira, 2, o Metrô informou que as alterações na jornada de trabalho dos empregados ocorreu na segunda-feira, 1º, por determinação da Justiça do Trabalho e que o acordo coletivo com os funcionários para manter o intervalo remunerado intrajornada de meia hora aguardava a portaria do Ministério do Trabalho.
“A Portaria é o instrumento necessário para dar efeito ao acordo coletivo e permitir que o Metrô mantenha a política atual de escalas de trabalho e de redução do intervalo de alimentação, considerada mais benéfica, tanto pela empresa quanto pela entidade sindical que representa a categoria”, informou em nota.