O presidente da Argentina, Javier Milei, defendeu sua estratégia para controlar a inflação no país. Durante entrevista à <i>Rádio Mitre</i>, ele disse que prefere "suportar um pouco mais essa situação débil" na economia "para evitar uma hiperinflação". Segundo Milei, o núcleo da inflação está atualmente em torno de 7% ou 8%.
Ele admitiu que o dado de inflação divulgado na terça-feira "é uma tragédia", mas acrescentou que é preciso colocá-lo em perspectiva. E recordou que o quadro era muito pior quando assumiu, em dezembro.
Milei defendeu a estratégia de seu governo, como acabar com a emissão de dinheiro para financiar o déficit fiscal, e disse que há um trabalho para encerrar os controles cambiais. Ele reafirmou que o fim desses controles pode se materializar em meados do ano, e também voltou a dizer que deseja acabar com o banco central mais adiante.
O presidente recordou que esse processo de controle dos preços não costuma ser rápido, mas disse que seu governo atua para avançar rápido nessa frente. De acordo com Milei, a administração anterior, de Alberto Fernández, deixou "uma hiperinflação plantada".
Milei acusou governadores de províncias oposicionistas de "desenhar uma orgia fiscal", o que seu governo trabalha para evitar. Segundo ele, a maior carga do ajuste "está recaindo sobre a casta política".