Antes do amanhecer deste domingo, cerca de 2 milhões de peregrinos muçulmanos de todo lugar do mundo começaram a subir o Monte Arafat nos arredores de Meca, onde o profeta Maomé fez seu último sermão, cerca de 1.400 anos atrás. No ano passado, o hajj foi marcado por uma grande tragédia, com a morte de cerca de 2 mil peregrinos.
Passar um dia no Monte Arafat é uma das etapas mais importantes da peregrinação anual – conhecida como Hajj – de cinco dias que tem como destino a cidade de Meca, na qual todos os muçulmanos fisicamente aptos precisam realizar pelo menos uma vez. Lá, os muçulmanos passam o dia em profunda oração, muitos chorando abertamente em um momento de arrependimento e pedindo perdão a Alá.
De forma ininterrupta, os fiéis, de branco – a cor do “ihram”, vestimenta que os homens devem usar – seguiam para a imponente mesquita Namira e ao Jabal al-Rahma, o “Monte da Misericórdia” em árabe. Suas roupas são proibidas de terem qualquer tipo de costura, uma restrição destinada a enfatizar a igualdade de todos os muçulmanos.
Após o pôr-do-sol, os peregrinos seguirão até a planície de Muzdalifa, onde devem se preparar para o Eid Al-Adha, a Festa do Sacrifício, e o ritual de apedrejamento de Satanás em Mina, que acontecerá na segunda-feira.
De maneira simbólica, os peregrinos devem atirar sete pedras em uma pilastra neste ritual, que no ano passado terminou em tragédia, levando à morte 2.297 fiéis, que foram pisoteados em um grande tumulto, o mais grave na história do hajj. Fonte: Associated Press