Internacional

Milhares de pessoas protestam em Londres contra plano de austeridade

Milhares de pessoas marcharam pelo centro de Londres neste sábado para protestar contra os programas de austeridade do governo britânico e os cortes de gastos públicos, no que promete ser a primeira manifestação de uma série planejada para ocorrer em todo o país.

A marcha começou em clima festivo, com manifestantes munidos de cartazes, balões e banners e decididos a caminhar até o Parlamento. Sinais vermelhos explodiram quando chegaram ao Banco de Inglaterra, espalhando nuvens de fumaça pelas ruas estreitas e sinuosas do distrito financeiro da capital britânica.

O evento teve como objeto mostrar indignação, ainda que de forma pacífica, com o plano do governo de cortar milhões de libras nos gastos públicos para resolver o déficit, que aumentou após o país resgatar seus bancos problemáticos durante a crise financeira de 2008.

Ativistas sociais, líderes sindicais e grupos de campanha juntaram forças para protestar contra os cortes nos serviços públicos, na assistência social e na educação, que são esperados quando o governo revelar seu orçamento, no mês que vem. Os manifestantes argumentam que a população está sendo punida por uma crise que não provocou.

“Estou farta de todos os principais partidos dizendo que vão promover a austeridade”, disse Lindsey German, uma alta funcionária da coalizão Pare a Guerra. “Eles fizeram os ricos mais ricos e os pobres mais pobres e vão continuar.”

A cantora Charlotte Church ostentava um cartaz escrito “Pare a austeridade agora” e disse que se solidarizava com os outros que acreditavam que os cortes tinham ido longe demais. O comediante Russell Brand também estava entre os milhares de participantes.

“Será o início de uma campanha de protestos, greves, ação direta e desobediência civil por todo o país”, disse Sam Fairbairn, da Assembleia do Povo, que está organizando as manifestações. “Não vamos descansar até que
a austeridade seja história, nossos serviços estão de volta nas mãos do povo e as necessidades da maioria estão em primeiro lugar.”
Fonte: Associated Press

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