Pelo menos oito vans foram incendiadas na zona oeste do Rio na manhã desta quinta-feira, 16. Os casos foram registrados em bairros como Campo Grande e Santa Cruz, áreas que são dominadas por grupos milicianos. Devido aos ataques, a circulação de vans na região foi suspensa e há redução na oferta de ônibus – e os que circulam pela região tiveram seus itinerários alterados.
A Polícia Militar informou que equipes de todos os batalhões da região estão fazendo patrulhamento nas principais vias e sobrevoando a área para impedir novos ataques.
Nas redes sociais, moradores desses bairros registram que houve intenso tiroteio, inclusive em direção a um grupo de mototaxistas. No fim da manhã, a TV Globo relatava três mortos.
O <b>Estadão</b> entrou em contato com a Polícia Militar, que ainda não confirmou os casos.
O ataque desta quinta-feira, 16, teria sido provocado por integrantes – e dissidentes – da maior milícia do Rio, que rachou após a morte do líder do grupo, em junho.
Wellington da Silva Braga, o Ecko, era considerado o criminoso mais procurado do Estado e foi morto em 12 de junho durante ação da Polícia Civil. Naquele dia, ele foi baleado no início da manhã quando visitava a mulher e os filhos na Comunidade das Três Pontes, em Paciência, também na zona oeste.
Com a morte de Ecko, um racha no grupo se formou. Um deles passou a ser comandado por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão de Ecko. Outro ficou sob as ordens de Danilo Dias Lima, conhecido como Tandera. Seriam eles os envolvidos nos incêndios e tiroteios desta manhã.