O recuo menos intenso das Matérias-Primas Brutas em junho na comparação com maio (de -5,26% para -3,63%) foi o principal responsável pela leve aceleração do Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) no mês, que teve deflação de 1,22% após queda de 1,56% em maio. O IGP-M também teve retração menos intensa, de 0,67%, ante -0,93% no mês anterior.
Dentro de Matérias-Primas Brutas, a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável por calcular o índice, destacou o papel dos itens minério de ferro (-18,20% para -11,19%), cana-de-açúcar (-3,86% para -2,88%) e café em grão (-4,32% para -0,89%).
As outras etapas de produção, por sua vez, tiveram alívio em junho e voltaram a apresentar deflação após alta em maio. Os Bens Intermediários tiveram variação negativa de 0,29%, de elevação de 0,06% em maio, com destaque para subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa de variação passou de 0,70% para -0,69%.
No caso dos Bens Finais, a deflação em junho foi de 0,16% depois de subir 0,06% em maio. No grupo, a principal influência da subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa de variação passou de 0,88% para -4,02%.
Principais influências
De acordo com a FGV, entre as maiores influências individuais de alta no IPA de junho feijão em grão (3,87% para 42,13%), soja em grão (apesar da desaceleração de 3,25% para 1,88%), óleos combustíveis (-9,04% para 8,04%), farelo de soja (2,77% para 3,71%) e óleo de soja em bruto (-1,23% para 8,85%).
Já na lista e maiores influências de baixa estão minério de ferro (mesmo com a aceleração de -18,20% para -11,19%), óleo diesel (4,30% para -4,02%), cana-de-açúcar (a despeito da deflação menor -3,86% para -2,88%), mandioca (-8,83% para -9,40%) e laranja (-13,80% para -14,05%).