Ao lado do prefeito de Guarulhos, Sebastião Almeida, a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, visitou na manhã desta sexta-feira, dia 8, o canteiro de obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Várzea do Palácio, a terceira a ser construída contando com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal. A vistoria antecedeu a participação de ambos na cerimônia de abertura do Encontro Estadual com Prefeitos e Prefeitas de São Paulo – III Etapa Guarulhos. “Estamos aqui para ampliar as parcerias com o governo federal e as prefeituras”, disse a ministra Ideli Salvatti.
O prefeito de Guarulhos enalteceu a parceria com o Governo Federal, que foi fundamental para que a cidade avançasse na área de saneamento básico. “É impossível tratar esgoto em qualquer cidade hoje contando só com verbas de município; não tem obra mais cara que essa”, disse Sebastião Almeida. Com a conclusão do subsistema Várzea do Palácio, Guarulhos atingirá 50% de capacidade de tratamento de esgoto, considerando que os subsistemas São João e Bonsucesso, cujas ETEs entraram em operação, respectivamente, em setembro de 2010 e dezembro de 2011, respondem por 35% dos esgotos. A meta estabelecida no Plano Municipal de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário (PMAE) é tratar 80% dos esgotos até 2017.
A construção da ETE Várzea do Palácio foi iniciada no fim de maio de 2012 e está em fase de conclusão. O início de operação depende de autorização da concessionária Ecopistas (operadora da Rodovia Hélio Smidt), para execução de uma travessia (um trecho de 87 metros) sob a rodovia; a travessia vai possibilitar devolver o efluente tratado ao rio. “Trata-se da execução de uma travessia em método não destrutivo. Não tem impacto; não afeta em nada a operação da rodovia. É só uma questão de entendimento, que esperamos superar em breve”, explica o superintendente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Guarulhos, Afrânio de Paula Sobrinho.
Para colocar em operação o subsistema Várzea do Palácio, a Prefeitura e o Saae de Guarulhos já investiram R$ 103 milhões e outros R$ 60 milhões serão investidos – considerando recursos próprios e do PAC. No total, esse subsistema contará com a instalação de 27 quilômetros de redes coletoras, coletores-tronco e interceptores, além da ETE, que foi concebida de forma a possibilitar, no futuro, a produção de água de reúso para fins industriais.
Obras do Programa de Tratamento de Esgoto de Guarulhos estão em execução desde 2008
Conforme o Plano Diretor do Sistema de Esgotamento Sanitário (PDSE), o município de Guarulhos é subdividido em sete subsistemas de tratamento de esgoto, compostos por obras que não se vê (como redes coletoras, coletores-tronco e interceptores) e pelas ETEs, que são obras de grande porte e visibilidade. O conjunto de obras do Programa de Tratamento de Esgoto de Guarulhos, considerando os sete subsistemas, é executado desde janeiro de 2008, com recursos próprios e do PAC. Até o momento, os investimentos são da ordem de R$ 409 milhões. De janeiro de 2008 a julho de 2013, foram feitos 223 quilômetros de redes coletoras e 42,84 quilômetros de coletores-tronco, linhas de recalque e interceptores.
Os sete subsistemas de tratamento são:
– São João (15%) – em operação
195 mil moradores
– Bonsucesso (20%) – em operação
260 mil moradores
– Várzea do Palácio (15%) – ETE está em fase final de construção
195 mil moradores
– Cumbica/Pimentas (20%) – obras estão em andamento
260 mil moradores
– Centro (27%) – projeto está em fase de detalhamento
350 mil moradores
– Cabuçu e Fortaleza (3%) – projetos estão em fase de detalhamento
39 mil moradores
Guarulhos tratará 80% dos esgotos até 2017. A partir daí, será dada continuidade às ações para se atingir a universalização. É importante considerar que a primeira ETE entrou em operação em setembro de 2010, a segunda em dezembro de 2011 e a terceira está em fase de conclusão.
As obras do Programa de Tratamento de Esgoto estão em execução, conforme o planejado, e até 2017 serão feitos grandes investimentos, para cumprir o compromisso de tratar 80% dos esgotos. Ou seja, considerando que são obras gigantescas, que requerem investimentos altos, Guarulhos deu um salto considerável na área de tratamento de esgoto.