O Ministério da Economia revisou para cima sua projeção para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2021. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta de preços neste ano passou de 4,42% para 5,05%. Para 2022, a projeção permaneceu em 3,50%.
Segundo a SPE, uma das características da elevação do crescimento global, que ocorre principalmente em países que já conseguiram controlar a pandemia do coronavírus, é o encarecimento no preço das commodities. "Os preços dos metais, carnes e alimentos superam o nível de dezembro de 2019, período anterior à pandemia, em torno de 50%. Adiciona-se à elevação destes produtos, a falta de matéria-prima para produção de alguns bens, assim, tendendo a proporcionar pressões altistas no preço ao consumidor", acrescentou.
No último relatório Focus, os analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimaram que o IPCA deve acumular alta de 5,15% em 2021 e de 3,64% em 2022. Todas as projeções para a inflação em 2021 estão acima do centro da meta deste ano, de 3,75%, que tem uma margem de tolerância de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,25% a 5,25%). No caso de 2022, a meta é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (2,00% a 5,00%).
O Ministério da Economia também atualizou a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – utilizado para a correção do salário mínimo. De acordo com a nova grade de parâmetros macroeconômicos da pasta, a estimativa para a alta do indicador neste ano passou de 4,27% para 5,05%. Para 2022, a projeção se manteve em 3,50%.
Já a estimativa da Economia para a alta do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em 2021 deu um forte salto de 5,06% para 15,21%. Para o próximo ano, a projeção passou de 3,57 para 4,26%