O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, propôs no domingo um plano para combater a fraude fiscal, a evasão fiscal e a lavagem de dinheiro em todo o mundo, após revelações sobre milhares de contas offshore alegadamente detidas por funcionários, executivos e celebridades.
Ele vai propor o plano ainda nesta semana, durante encontro com os principais ministros de finanças e presidentes de bancos centrais em Washington, para as reuniões de primavera do Fundo Monetário Internacional.
Em depoimento à emissora pública alemã ARD, Schaeuble pediu um esforço global para tornar centros offshore transparentes.
Ele disse que a troca automática de informações e a introdução de um registro de transparência que divulgaria beneficiários de centros offshore ajudarão a combater a fraude fiscal, quando dados nacionais estiverem conectados globalmente.
“Se tivermos esses sistemas, vamos encontrar pessoas que usam tais centros offshore, tanto para lavagem de dinheiro quanto para evasão fiscal”, disse.
Schaeuble disse que o plano inclui penas mais rígidas para empresas e bancos envolvidos com centros offshore.
O plano também prevê maior pressão contra centros offshore, por meio da criação de uma “lista negra” unificada internacional para identificar os países que não cumprem com os esforços contra a evasão fiscal.
“Dizer simplesmente que proibiremos centros offshore soa bem, mas não vai fazer o truque de mágica”, disse. Especificamente na Alemanha, ele planeja ampliar multas para aqueles que utilizam centros offshore.
Milhões de documentos supostamente vazaram de uma empresa de advocacia panamenha chamada Mossack Fonseca ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung e foram compartilhados com outros meios de comunicação.
As revelações de participações offshore no último domingo causaram uma tempestade em todo o mundo. Fonte: Dow Jones Newswires.