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Ministro diz que eleição interna faz do PT massa de manobra, mas PED é mantido

O PT rejeitou há pouco mudar o sistema de eleição direta interna do partido, chamado de PED (Processo de Eleição Direta). O fim do PED foi tema de acaloradas defesas e argumentações contrárias na plenária que vota o texto final do 5º Congresso do PT, na capital baiana. Houve mais intervenções que no debate das emendas anteriores, que versavam sobre política econômica e alianças do governo. A mesa precisou intervir diversas vezes para acalmar os delegados e permitir que os oradores concluíssem suas falas.

Enquanto alas mais esquerdistas argumentam que o PED virou instrumento de manipulação, que privilegia os atuais dirigentes, prevaleceu a posição da tendência majoritária do partido, que se orgulha do sistema de democracia interna. Houve gritos de “PT na rua, o PED continua” de um lado e de “Não, não, não à manipulação”, do outro.

As críticas mais duras ao PED na plenária foram feitas pelo ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias. “O Partido é de massas, mas não de massa de manobra. Isso não é democracia de verdade, é manipulação de pessoas”, afirmou o ministro.

O senador Humberto Costa (PE) fez o contraponto. “Rejeito que sejamos massa de manobra, de forma alguma”, rebateu. “O PED é um instrumento de mobilização dos nossos companheiros e companheiras. Quem não se lembra da importância do PED na crise de 2005, com o mensalão, quando 400 mil filiados foram às urnas dizer que o partido estava vivo?”, argumentou. Costa admitiu que o partido precisa discutir novos critérios para o PED, mas como uma estratégia para aperfeiçoar a votação direta interna e manter a democracia partidária.

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