A Federação Internacional de Automobilismo (FIA, na sigla em francês) e os organizadores da Fórmula 1 anunciaram na terça-feira mudanças no calendário de 2021 da categoria. Uma delas é o adiamento do GP da Austrália, em Melbourne, que abriria a temporada no dia 21 de março, para 21 de novembro, duas semanas depois do GP de São Paulo, novo nome dado à corrida no Brasil, no autódromo de Interlagos.
Nesta quarta-feira, o ministro de Esportes da região de Victoria, onde fica Melbourne, explicou as razões do adiamento da corrida em Melbourne. De acordo com Martin Pakula, ele foi decidido por causa da impossibilidade de todo o staff da Fórmula 1 cumprir um período de 14 dias de quarentena na Austrália, como manda os protocolos de saúde impostos pelo governo local.
"O tênis está sendo capaz de fazer isso (quarentena)… mas não é algo que é possível na Fórmula 1", disse Pakula, se referindo ao que foi acertado com a ATP e a WTA, entidades que comandam o tênis masculina e feminino, respectivamente, para a disputa do Aberto da Austrália, também em Melbourne, entre os dias 8 e 21 de fevereiro.
"Nessas circunstâncias… em nossa visão é melhor ter o GP mais para o final do ano se for possível. O melhor nisso de adiar em 10 meses é que creio que as coisas estão diferentes em novembro em relação ao que está sendo visto em janeiro", completou o ministro.
Andrew Westacott, chefe executivo da organização do GP da Austrália, afirmou que os preparativos para a corrida seriam muito afetados se ela ocorresse em março, como previsto, com todo o staff gastando muito tempo em quartos de hotel.
"Quando você olha todos os arranjos para definir a logística e os desafios de uma nova temporada, não é possível trabalhar em um regime restrito de quarentena", comentou.