Antes de entrar em campo para ser capitão da seleção brasileira, nesta terça-feira, Vinícius Júnior recebeu o apoio de um membro do governo da Espanha. O ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, se solidarizou com o jogador do Real Madrid e disse que o racismo "não tem lugar na sociedade espanhola".
"O racismo é sempre absoluta e totalmente desprezível e rejeitável e não tem lugar em uma sociedade como a espanhola", afirmou o ministro, em entrevista à rádio Cadena Ser. Ele também disse que o enfrentamento a atitudes discriminatórias deve ser "uma luta diária que diz respeito a todos os cidadãos e ao governo".
Para Albares, os atos racistas contra o jogador do Real e da seleção brasileira são exceção, e não a regra, na Espanha. Mesmo assim, condenou estes atos, que se tornaram frequentes contra Vini Jr. nas últimas duas temporadas na Espanha e também em jogos de competições europeias.
O ministro fez as declarações nesta terça horas antes do amistoso entre Espanha e Brasil, no estádio Santiago Bernabéu, na capital espanhola, às 17h30 (de Brasília).
Na véspera, Vini Jr. concedeu entrevista coletiva na qual fez um dos seus mais fortes desabafos contra o racismo. Emocionado, disse que estava perdendo a vontade de jogar em razão dos ataques racistas. E pediu igualdade e respeito dentro e fora do esporte.