Economia

Ministros de petróleo divergem sobre detalhes de acordo antes da reunião da Opep

Alguns ministros de Petróleo dos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deram declarações antes do início da reunião do grupo nesta quinta-feira, em Viena, e destacaram pontos a serem discutidos sobre limitar a produção de petróleo dos países com o intuito de impulsionar os preços.

Segundo o ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos, Suhail bin Mohammed al-Mazrouei, a introdução de limites na produção precisa ser uma decisão unânime pelos membros da Opep e não pode haver exceções para o Irã.

A Opep se reúne em Viena, mas os membros permanecem profundamente divididos sobre que tipos de limites devem estipulados na produção e que, se houver, deve ser acordado. O Irã, no entanto, já se mostrou diversas vezes ser contra este acordo, uma vez que segue aumentando sua produção depois de anos de sanções.

Al-Mazrouei disse ainda que espera que os preços subam na segunda metade do ano, já que a demanda por petróleo aumenta.

Entre os países que apoiam a ideia de um acordo está a Venezuela. Para o ministro do Petróleo venezuelano, Eulogio de Pino, um acordo daria aos membros mais flexibilidade do que limitar a produção. Segundo ele, uma produção entre 2,7 milhões de barris e 2,9 milhões de barris por dia seria bom para a Venezuela. Pino espera que o petróleo fique entre US$ 60 e US$ 70 o barril.

Para o ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Khalid al-Falih, o ideal seria não chocar o mercado neste momento e deixar ele se reequilibrar por si só. “O mercado está se reequilibrando, a demanda é extremamente saudável e robusta, a oferta de países não membros da Opep está em declínio e acreditamos que vamos continuar a ver um ritmo mais rápido”, disse ele.

Já o ministro do Kuwait afirmou que apoia a atual estratégia da Opep, “que está funcionando muito bem”. O ministro disse que o barril de petróleo entre US$ 50 e US$ 60 é um preço adequado.
Fonte: Dow Jones Newswires.

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