Os ministros Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), elogiaram nesta quinta-feira, 2, o resultado do sorteio que definiu o ministro Edson Fachin como o novo relator dos processos da Operação Lava Jato na Corte.
“Foi uma excelente escolha, uma escolha do destino”, comentou Lewandowski, ao chegar para a sessão plenária da tarde desta quinta-feira. Para o ministro, a Lava Jato está em “excelentes mãos” com Fachin.
Lewandowski e Fachin compõem a Segunda Turma do STF, responsável por julgar muitos processos da Operação Lava Jato, como o recebimento de denúncia contra deputados federais e senadores, pedidos de habeas corpus e recursos contra atos de instâncias inferiores, como decisões do juiz federal Sérgio Moro.
Para Lewandowski, a transferência de Fachin da 1ª para a 2ª Turma não mudará os julgamentos que o colegiado faz dos processos da Lava Jato. “Todos os juízes do STF são muito técnicos e seguirão a lei certamente. Não haverá nenhuma mudança”, avaliou. Além de Lewandowski e Fachin, compõem a Segunda Turma os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e Dias Toffoli.
Na avaliação do ministro Marco Aurélio Mello, a relatoria da Lava Jato está “em boas mãos”.
“Eu achei que (a Lava Jato) está em boas mãos. Eu tenho certeza que o ministro Fachin tocará como vinha tocando o ministro Teori Zavascki. Estamos ainda no início do ano Judiciário e evidentemente ele (Fachin) contará com aqueles que estavam lidando diretamente com os procedimentos, que são os juízes auxiliares”, afirmou Marco Aurélio. “Qualquer um de nós tocaria com a mesma seriedade, fosse quem fosse o sorteado no âmbito da 2ª Turma”, comentou o ministro.
Odebrecht
Sobre o sigilo das delações de 77 executivos e ex-executivos da Odebrecht, Marco Aurélio destacou que o objetivo do sigilo é viabilizar o andamento das investigações. “Se as investigações não ficarem prejudicadas com a revelação do conteúdo das delações, evidentemente essa revelação tem de ocorrer”, defendeu Marco Aurélio.