Economia

Missão empresarial de MG na França levanta negócios de R$ 500 mi ao Estado

A missão de empresários mineiros que esteve na França nesta semana prevê R$ 500 milhões em investimentos no setor produtivo e em políticas de desenvolvimento sustentável no Estado. De acordo com o governador do Estado e líder do grupo, Fernando Pimentel (PT), em nota, o país é um “um parceiro estratégico de Minas e temos a perspectiva de desenvolvermos uma relação profícua para os dois lados, com envolvimento do setor privado e foco na inovação, inclusão social e sustentabilidade.”

A agenda envolveu reuniões com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e com o Banco Público de Investimentos (BPI), além de um café da manhã empresarial na sede do Medef, a Confederação das Indústrias Francesas, e encontros bilaterais com empresas francesas interessadas em ampliar ou realizar investimentos em Minas Gerais. No curto prazo, houve a negociação de ações vinculadas ao desenvolvimento sustentável e eficiência energética, que será efetivada por meio da Cemig, com investimentos previstos de R$ 400 milhões.

“Esta nova operação gira em torno de 100 milhões de euros, encontra-se em estágio final de negociação e deverá ser aprovada pelo board da AFD na próxima reunião, prevista para outubro, e assinada no marco da COP 21, em dezembro”, disse o presidente da Cemig e que integrou a missão, Mauro Borges, no comunicado.

Outro objetivo da missão foi posicionar os investimentos do governo de Minas Gerais, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), para ampliar significativamente inserção do Estado na economia digital. Além de apresentar o programa de fomento do setor de TI Minas Digital, o governo apresentou uma proposta ao Banco Público de Investimentos – BPI – para a criação de um fundo de investimentos em empresas de base tecnológica, com o objetivo de estimular parcerias entre empreendimentos mineiros e franceses. A meta é a internacionalização e ampliação de mercado e a troca de tecnologia de ponta, favorecendo setores como aeroespacial, de semicondutores e de biotecnologia em Minas Gerais.

“A proposta é que a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) invista 50 milhões de euros e o BPI outros 50 milhões, gerando um fundo espelho, ancorado pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), com foco no desenvolvimento e internacionalização de empresas pequenas e médias, na esteira do acordo entre o governo brasileiro e o governo francês no campo da inovação”, explicou o presidente da Codemig, Marco Antônio Castello Branco. De acordo com Castello Branco, o fundo poderia iniciar as operações já no início de 2016.

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