O míssil que derrubou o avião MH17 da Malaysia Airlines explodiu menos de um metro da cabine, matando a tripulação na hora, de acordo com relatório do Conselho de Segurança da Holanda, após uma investigação que durou 15 meses sobre o avião que caiu no leste da Ucrânia.
O Conselho acrescentou que a tragédia, que matou todas as 298 pessoas a bordo em julho de 2014, não teria ocorrido caso o espaço aéreo para avião de passageiros estivesse fechado, uma vez que a região passava por intensos conflitos entre rebeldes ucranianos e separatistas pró-Rússia.
O relatório não considerou quem lançou o míssil. No entanto, identificou uma área de 320 quilômetros quadrados de onde o míssil poderia ter sido lançado, um território dentro da área que estava nas mãos dos rebeldes separatistas no momento do ataque.
Fragmentos de mísseis foram encontrados em corpos da tripulação da cabine, bem como vestígios de tinta, que permitiram os investigadores identificar que o míssil era do tipo Buk.
A investigação descobriu que o míssil matou a tripulação na cabine instantaneamente, enquanto os passageiros e outros tripulantes morreram devido aos níveis de oxigênio reduzidos, frio extremo, forte fluxo de ar e objetos voadores, uma vez que o avião se partiu ao ser atingido.
O Conselho de Segurança holandês conduziu a investigação sobre a causa do acidente porque 193 cidadãos holandeses estavam a bordo do voo.
A Ucrânia acusou militantes apoiados pelos russos de operarem na área que o avião foi atingido, enquanto os rebeldes sugeriram que as forças ucranianos eram as responsáveis. Em julho, a Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas para estabelecer um tribunal penal internacional para investigar a queda. Fonte: Associated Press.