Mitos, azar, medo, bruxas, demônios, gato preto, terror. Faça uma mistura destes ingredientes com um pouco de superstição e terá como resultado um dia atípico: a sexta-feira 13. A coincidência da data com o dia da semana só acontece uma vez neste ano, hoje – diferentemente do ano passado, quando o cruzamento da data com o dia da semana aconteceu três vezes.
Para alguns, a data representa azar, ou seja, todo cuidado é pouco. Outros preferem "comemorar" a data relembrando clássicos do cinema como o filme homônimo, protagonizado pelo psicopata Jason, com sua máscara de hóquei característica e a faca machete (instrumento cortante com formato de lança, utilizada em açougues).
Existem, inclusive, pessoas que sofrem de um medo irracional do número 13, conhecido como triscaidecafobia. Também existe a fobia de sexta-feira 13, a quase impronunciável parasquavedequatraifobia ou frigatriscaidecafobia, em referência à bruxa Friga.
Independente da maneira como o dia é encarado, certo é que não faltam argumentos, filmes e histórias para ilustrar a célebre data.
Origem – Não são poucas as teorias, inventadas ou não, da origem desta data mística. Porém, três histórias têm maior força e a primeira delas remete ao cristianismo.
De acordo com o livro "O Guia dos Curiosos", de Marcelo Duarte, o azar seria originário de que Jesus Cristo fora crucificado em uma sexta-feira. Além disso, na última ceia, antes de sua crucificação, ele se assentou com os 12 apóstolos, ou seja, havia treze pessoas em sua despedida.
As outras duas versões estão ligadas a lendas mitológicas. Uma delas se refere a um encontro, com a presença de 12 deuses nórdicos, mais o espírito do mal e da discórdia, chamado Loki. Este compareceu ao banquete sem ter sido convidado e armou uma confusão que culminou na morte do favorito dos deuses, Balder. Para os supersticiosos, reunir 13 pessoas para um jantar virou sinônimo de azar.
A última história também é relacionada a deuses e religião, e Friga, a deusa do amor e da beleza, é a protagonista. Quando as tribos nórdicas e germânicas converteram-se ao cristianismo, Friga tornou-se uma bruxa. Enfurecida, ela passou a se reunir com mais 11 bruxas e o demônio às sextas-feiras e os 13, juntos, rogavam pragas aos homens.
Filmes – Sexta-feira 13 é sinônimo de filmes de terror. E, por isso, o Guarulhos Hoje preparou algumas indicações para a data. Com 285 mortes, sendo 85 cadáveres pendurados e o status de imortal em seus 12 filmes, Jason é considerado imortal e encabeça a lista.
Por sua vez, o clássico do terror, "O Exorcista", conta a história de uma menina de 12 anos que fora possuída pelo demônio Pazuzu e é considerado um dos filmes mais lucrativos do gênero. O padre Lankester Merrin é o responsável pela batalha do exorcismo da jovem.
Mais recente, a série "Jogos Mortais", que já lançou seis filmes, chegará ao seu sétimo e último longa-metragem em outubro deste ano. Os filmes contam a história de Jigsaw, um psicopata que sequestra pessoas que, de alguma maneira, não valorizam determinadas coisas da vida. O personagem as coloca em um jogo, no qual devem se submeter a desafios que podem resultar em sua morte ou na morte de um companheiro de armadilhas.
É só escolher a melhor opção e, com um pedacinho de arruda, e uma dose de coragem, curtir esta sexta-feira 13.
Aconteceu em uma sexta-feira 13
– No ano de 1972, um desastre aéreo nos Andes com a equipe de rugby do Uruguai deu origem ao filme Vivos (Alive), de 1993, que conta a história real dos jogadores que tiveram de sobreviver no frio das cordilheiras.
– Em 1307, o rei Filipe IV ordenou a prisão, tortura e assassinato dos cavaleiros da Ordem dos Templários.
– Na Austrália, em 1939, cerca de 20 mil quilômetros de terras queimaram em um dos maiores incêndios florestais da história do país, culminando na morte de 71 pessoas.