Política

Moacir não comparece à Câmara para falar sobre o contrato Espanta Pombos

O secretário municipal de Educação, Moacir Souza, não compareceu no encontro com integrantes da Comissão de Educação da Câmara Municipal, conforme havia sido prometido pelos vereadores de seu partido para falar sobre a contratação por R$ 9,5 milhões do Consórcio Robotx – Monte Azul para espantar pombos de 160 escolas municipais. Em seu lugar, apareceu o diretor Luiz Fernando, que estava isntruído para não responder nada à imprensa. 
 
Durante a audiência que contou com os parlamentares Guti (PV), Laércio Sandes (PMN), Eneide Lima (PT) e Rômulo Ornelas (PT), presidente da comissão, Fernando tentou explicar e justificar o modelo adotado para formalizar a contratação da tecnologia, que tem como maior objetivo repelir as aves. Ele confirmou que já foram utilizados quase R$ 2 milhões do montante de R$ 9,5 milhões contratados em 20 escolas.
 
O dirigente da Educação afirmou que existem outras duas unidades escolares da rede municipal para receber o equipamento, porém, não revelou quais eram. Indagado sobre os aspectos que envolvem a chegada deste Consórcio na cidade, Luiz ressaltou que a operação constituída têm fundamentação técnica para a sua conclusão. Ele também citou que as empresas possuem histórico na implantação do sistema e utilizados por empresas como a Bunge e o Wal-Mart, além de confirmar o uso em unidades estudantis da rede pública em Botucatu.
 
Porém, em reportagem publicada com exclusividade pelo GuarulhosWeb nesta manhã, o secretário de Comunicação da Prefeitura de Botucatu, Carlos Alberto Pessoa, revelou que o atestado técnico de utilização do campo magnético foi fornecido de forma unilateral. Ou seja, sem a anuência dos reais responsáveis. Pessoa também enfatizou que o responsável pela prestação deste serviço na rede municipal de ensino é a empresa Alessandro da Cruz Garcia ME e não Rodrigo da Cruz Garcia EPP (Robotx).
 
No entanto, como o próprio Luiz Fernando declarou, a tecnologia é fruto de ensaios universitários, e assim originou a Robotx. Esta foi criada dias antes da assinatura do contrato com a Prefeitura de Guarulhos. De acordo com o dirigente, o contratado possui experiência nesta prestação de serviço, além de já ter instalado 185 mil metros quadrados do sistema.
 
Ao ser indagado pela reportagem do GuarulhosWeb presente no encontro, Luiz Fernando evitou em primeiro momento falar sobre o assunto. Minutos depois, em conversa, por telefone, com o secretário Moacir Souza, informou que não poderia conceder entrevista, diferente do que ocorreu com a equipe da TV Câmara. "Infelizmente o secretário (Moacir Souza) impediu de dar entrevista. Ele pediu para enviar as perguntas por e-mail", encerrou.
 

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