Nos últimos anos, a região metropolitana de São Paulo vem experimentando um crescimento vertiginoso, fruto do momento econômico positivo que atravessa o Brasil. Com isso, o deslocamento das pessoas – conhecido como mobilidade urbana – se tornou um dos principais problemas a serem abordados pelos candidatos a cargos eletivos neste ano.
Nas grandes cidades, o simples movimento de ir e vir envolve um emaranhado e complexo sistema de operações, que vai da qualidade do ponto de ônibus à acessibilidade adequada dos coletivos, além de um estudo e levantamento técnico da origem e destino das pessoas, para definição do melhor modelo de transporte público a ser adotado.
O debate sobre mobilidade urbana se dará em torno das grandes obras viárias necessárias para desafogar o trânsito; dos desafios do transporte público de massa; do combate à poluição ambiental; da racionalização das medidas de controle de trafego e trânsito; das políticas públicas de segurança viária que remetam a uma maior conscientização de pedestres e motoristas e da adoção de políticas alternativas de meios de locomoção.
Com Guarulhos não será diferente. Afinal, nossa cidade lidera o ranking do desempenho econômico dos 20 municípios mais importantes de São Paulo, com um crescimento nominal do PIB de 201,71% entre 1999 e 2009, segundo levantamento da revista digital Capital Social. Esses números se expressam concretamente no dia a dia da cidade, com o aumento de veículos, congestionamentos, inúmeras torres habitacionais sendo construídas em todos os bairros, além do crescimento do setor de serviços.
Felizmente o prefeito Sebastião Almeida tem negociado, junto ao Governo Federal, vários projetos de obras estruturantes e de infraestrutura, que prepararão nossa cidade para esse futuro. O PAC 3 ainda não foi colocado na rua, mas a liberação de seus recursos significará a possibilidade de se manter o crescimento, sem o perigo de enveredarmos para um colapso, prejudicando a qualidade de vida das pessoas.
Os investimentos para fazer frente aos desafios da mobilidade urbana são sempre de grande monta. Somente com as parcerias entre os diferentes níveis de governo os municípios metropolitanos poderão melhorar suas perspectivas. Portanto, a mobilidade urbana é de responsabilidade do Estado brasileiro, não apenas do gestor público municipal.
José Luiz Guimarães
Vereador (PT) e líder do Governo na Câmara. Escreve às quintas-feiras nesta coluna
