O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira, na qual afirmou que a moção de censura apresentada pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOL) “vai contra a estabilidade política e a retomada econômica”. Rajoy citou inclusive o desempenho ruim da Bolsa de Madri, que caía mais de 2% nesta manhã. “A moção de censura debilita a Espanha”, argumentou.
Rajoy disse que sempre foi favorável a que os mandatos de quatro anos fossem respeitados, portanto recusando-se a aceitar a pressão para que renuncie e convoque eleições. A pressão sobre o premiê aumentou após ontem seu Partido Popular ser multado por um alto tribunal, acusado de se beneficiar de um esquema de propinas por contratos públicos conhecidos como Caso Gürtel.
A autoridade foi questionada por jornalistas sobre sua credibilidade, já que magistrados questionaram a postura do próprio Rajoy no caso, em que foi testemunha. Segundo ele, o governo tem sim credibilidade, conferida pelo voto popular e também por ter superado um quadro econômico difícil. Segundo o primeiro-ministro, o objetivo do PSOE é “conseguir o governo a qualquer preço”, fechando alianças com qualquer um que lhe garanta os votos para isso.