O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender, em discurso na cúpula do Mercosul, a criação de uma moeda comum entre os países do bloco para reduzir custos na transação e promover uma "convergência" macroeconômica.
Na segunda-feira, 3,, a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, destacou após reunião em Puerto Iguazú que o Brasil, na presidência pro tempore do Mercosul a partir desta terça-feira, 4, terá como prioridade justamente a "convergência macroeconômica em moeda comum no bloco".
"A adoção de uma moeda comum para realizar operações de compensação entre nossos países contribuirá para reduzir custos e facilitar ainda mais a convergência. Falo de uma moeda de referência específica para o comércio regional, que não eliminará as respectivas moedas nacionais", disse o presidente em discurso nesta terça-feira na Cúpula do Mercosul.
Lula destacou que o Mercosul está aquém de seu potencial de comércio e reiterou a disposição do Brasil na presidência pro tempore em incluir os setores automotivo e o açucareiro na área de livre comércio.
"Temos uma agenda inacabada com dois setores ainda excluídos do livre comércio: o automotivo e o açucareiro. E buscaremos, também, concluir a oitava rodada de liberalização do comércio de serviços", afirmou Lula.